CANÇÃO DA NUVEM QUE PASSA
A nuvem que passa,
não existe
entre o cérebro
e a certeza.
É dor por nada,
solidão superlativa,
entre a sarjeta
e o castelo de cartas.
É porrada certa,
arroxeando a alma,
entre o nexo
e o incomunicável.
Não são infinitos
os gritos da dor,
mas intercalam-se
até o infinito.
E entre essa finitude
e a porta, que não se abre,
resta uma fresta
chamada vida inteira.
Iverson Carneiro
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Amei essa poesia ! Muito profunda!
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