Você que gosta de poesia,em forma de letras de músicas ou não e não sabe onde encontrar, não se preocupe, aqui encontrou o lugar certo. Poetas brasileiros e portugueses consagrados. Somos bastante ecléticos para publicar autores conhecidos e nem tanto. O espaço está aberto para todos pois é bastante democrático.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
FLUCK - Maria Lúcia Inocêncio Camargo
FLUCK
Ainda lembro quando aquela bolinha
Amarela que cabia na palma da minha mão
Chegou!Não tinha nem trinta dias...
Ele comia vorazmente a sua comidinha
Feita com ração de filhote e leite...
Depois, foram as vacinas, vermifugação
Como um bebê humano.
Não tinha coragem de deixá-lo fora de casa...
Eu o embrulhei em uma manta azul
E ele dormia no quarto!
Os dentinhos foram chegando
E com eles, os sapatos, meias e roupas
Do varal foram se acabando!
Mas ele era tão fofinho,
Tão doce, tão engraçado,
Que eu não ligava...
Ele ficou tão mal acostumado
Que foi preciso um adestrador
Para educá-lo...
O rapaz vinha de Amparo!
Desde os primeiros dias todos
O amaram...
E ele corria pelo jardim (enorme)
E bem cuidado!
Apesar de Labrador, ele temia água
E nem perto da piscina chegava!
O tempo foi passando e ele conheceu
Da maneira mais dolorosa
Que com ouriço não se brinca!
Teve alguns espinhos enfiados na garganta!
E corria á léguas se um deles se aproximava.
Gostava de pegar sapos para brincar,
Batia sua pata neles e ficava
Esperando que eles corressem
O que nunca acontecia,
Pois eles se fingiam de mortos!
Com a idade apropriada
Ele foi apresentado á uma Labradora
Que lhe deu lindos filhotes.
Depois de alguns anos,
Mudamos para uma casa com terreno menor
E ele ficava no portão á espera de meu filho,
Com a cabeça entre as patas
E quando este chegava, ele pulava
De prazer e alegria!
Nosso enorme cãozinho
Adorava nadar nas águas do rio!
Depois de brincar bastante,
Ele se deitava e deixava - se
Ficar nas pedras, até seu pêlo secar.
E pulava de alegria quando pegávamos
A coleira, pois sabia que ia passear.
Nem percebemos que ele já tinha treze anos
E que na idade canina, ele era um senhor
Bastante idoso!
Então, aconteceu...
Nós estávamos lá quando ele morreu,
Não sem antes lançar um olhar de agradecimento
Com seus lindos e tristes olhos,
A meu filho e morreu!
Como última homenagem,
Ele foi enterrado na margem
Do rio onde viveu!
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