domingo, 17 de janeiro de 2016

Barão da Mata

PEQUENA CIDADE / DEVASTAÇÃO DE MINAS
PEQUENA CIDADE DE MINAS 

A terra 
fresca 
e o seu cheiro bom de vida. 
Suor 
dos homens 
e os anseios das mulheres. 

As mãos 
de fêmea 
salpicando a terra escura 
de amor, 
sementes 
e de sonhos de futuro. 

Os homens, 
gozo 
e a vida se plantando 
em noites 
calmas, 
nas entranhas das mulheres. 

Manhã, 
os sinos, 
os fiéis e a ladainha. 

O sol, 
a praça, 
as crianças, brincadeiras. 

A gente, 
as vozes, 
multidão que acende o dia. 

Mocinhas 
belas 
e seus sonhos tão românticos. 

Ah, Deus! 
Mas como é belo o dia! 
Como é bela a rua, a gente 
e esse verde exuberante 
e tão vivo desses campos! 
Como tudo é, Deus, tão belo! 
Salve, Deus, Minas Gerais! 

2011 

II 

(DEVASTAÇÃO DE MINAS) 

Fiz um poema 
com suor, com terra e Minas, 
com igreja, praça e e povo, 
mas os demônios 
devastaram chãos e gentes, 
destruíram mata e bichos, 
e viu-se Minas 
convertida em pura lama, 
soterrada em venenosos minerais. 

Sei que os maus homens 
Que contemplam sempre os ricos 
lhes serão muito indulgentes, 
mas não, meu Deus, 
perdoeis jamais os torpes 
nem tenhais misericórdia, 
pois os infames 
laceraram meu poema, 
e um inferno nasceu, descomunal. 
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