domingo, 25 de setembro de 2011

MOMENTOS - Jenário de Fátima






Momentos


Jenário de Fátima


Muito mais que as palavras excitantes,
Que ousamos trocar todo momento.
Muito mais que este deslumbramento,
Tão comum a loucura dos amantes.

Muito mais que o delírio dos instantes
Que me ocupa e me toma o pensamento.
Muito mais que os sonhos delirantes
Que passeiam pelos versos que invento.

Muito mais que isso tudo que me toma.
Isso tudo que adere, gruda, soma,
Ao desejo que alflora entre nós dois.


É a certeza do que conta é o presente.
Porque o resto assim pura e simplesmente
Simplesmente, a gente deixa pra depois!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

DESPEDIDA - Jorge L.Vargas


Jorge L. Vargas:
Despedida

Um dia, quando chegar a hora da sua despedida e você tiver que ir embora, mesmo que eu sinta profunda tristeza, prefiro que não me olhes.

Queria que sua despedida fosse como a da tarde em relação ao dia. Dando lugar à lua para enfeitar a noite, que depois cede seu lugar ao sol, para iluminar e aquecer um novo dia.

Queria que sua despedida tivesse a leveza de um botão desabrochando em flor, com cor e perfume para alegrar um coração apaixonado, o mesmo coração que um dia você nele se plantou e fez dele um lindo jardim, com rosas, margaridas, orquídeas e jasmins, plantados por você e com seu jeito doce de gostar de mim.

Queria que sua despedida fosse como a calmaria do mar, tranqüila e serena, sem marear, onde eu possa com minha nau navegar sem sobressaltos e que fosse também como a corrente dos rios, que ao encontrar seu destino, o mar, se harmonizassem o doce com o sal e desmanchassem tristezas e mágoas, se acaso elas existissem.

Queria que sua despedida fosse como a lua se despede do sol. Como o dia se despede da noite. Como as estrelas se vão, apenas deixando de brilhar, mas elas, elas sempre estarão lá.

Queria que você, ao se despedir de mim, não falasse nada. Não dissesse nada. Apenas deixasse de brilhar e transformasse em silêncio a certeza que permanecerá eternamente viva no meu coração e que você simplesmente fosse... Como foi... Mas deixando em mim a esperança, de quem sabe um dia, embalando sonho e fantasia, a gente possa se reencontrar... Lá no céu... Eu, você, a lua... E a poesia.

Baseado no meu “Poema da Despedida”, publicado no meu livro “Momentos – Eu, você, a Lua e a poesia.

VINGANÇA - Jorge Luiz Vargas



VINGANÇA

Jorge Luiz Vargas

Espero que um dia
O seu novo amor
Copie toda a minha poesia
E lhe mande com uma flor

Ele nunca vai saber
Que vai me levando
De presente pra você.

MEA CULPA - Jenário de Fátima


Mea Culpa.
.
.
As coisas que sonhei pra mim um dia
Talvez só existissem em minha mente.
Enquanto eu fabricava fantasia
O tempo sem parar seguia em frente.
.
Quando me dei por mim já nem sabia
Qual era mais o fluxo da corrente.
Do rio caudaloso que corria
Pras vagas do meu mar incompetente .
.
Fui só um sonhador, apenas isso.
Fui falho, inconseqüente, fui omisso.
Não soube minhas ilusões contê-las.
.
De tudo que tentei nada deu certo.
Porém ainda tenho um céu aberto,
E o deslumbrante brilho das estrelas .
.
.
©Jenário de Fatima. Todos os direitos reservados

CIÚMES - Jenário de Fátima

Ciúmes


Jenario de Fátima


Por ciúmes às vezes nós passamos
Situações de risos ou de troças,
Presos à vida de quem tanto amamos,
Nós esquecemos de viver a nossa.

Sempre de tudo nós desconfiamos,
Em ebulição a alma se alvoroça,
Quando algo que somente imaginamos
Evolui, se agiganta e nos destroça.

Aí descolorimos nossos dias
Criando as mais estranhas fantasias
Prevendo algo ruim acontecer.

Na sucessividade dos deslizes
Levamos a vida sem ser felizes
... Sem deixar quem amamos também ser...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

SAUDADE - Maria Lúcia Inocêncio Camargo


SAUDADE.
Maria Lúcia Inocêncio Camargo.

Tudo no mundo me lembra de você.
As músicas, as comidas, as falas.
A sua estrela brilha no céu
E me lembra de você.
Quando por algum lugar eu passo
Vejo você na porta e o seu jeito franco.
E quando quero derramar meu pranto
Lembro que você me dizia que ser feliz queria
E fazia questão de sorrir quando algo ou alguém o aborrecia.
E eu, engulo o pranto e sorrio lembrando algo seu.
Juro que eu sentia que algo não batia,
Mas você fazia questão de me alegrar
E eu vivia feliz!
Aliás, vivo até hoje!
Foram dois anos de felicidade
De ver seu olhar me acompanhando
Incentivando-me, me adorando!
Jamais vou esquecer você!

domingo, 4 de setembro de 2011

AMO-TE TANTO - JENÁRIO DE FÁTIMA


Amo-te tanto
.
.

Jenário de Fátima
.
.

Amo-te...tanto...tanto...tanto...
Que este amor me deixa sempre à deriva
Como se nele houvesse algum encanto
Que me tomasse em fogo a carne viva.
.
Amo-te assim sem nem saber portanto
Se me aceitas ou se de mim te esquivas.
Se é feitiço magia ou se quebranto
O som de suas respostas evasivas
.
Porém te sonho um dia em minha cama
Pra transformá-la numa ardente chama
Onde nós dois entre brancos lençóis
.
Iremos juntos,desbravar caminhos
Onde não hajam pedras nem espinhos,
Somente o doce olhar dos Girassóis...

SUTILEZAS - Basilina Pereira


SUTILEZAS

Se me indicas o caminho,
suavemente,
é por onde seguirei
sem pensar na volta.
Mas se me desafias,
serei minha própria bússola,
ansiosa e sedenta
por fazer do perto
a primeira estação do longe.

Basilina Pereira

CUIDADO - Jenário de Fátima.


CUIDADO


Amor nenhum sobrevive ao descaso,
Nem ao desprezo ou esquecimento.
Mesmo que às vezes com enorme atraso,
A morte chega num processo lento.


Amor é tal plantinha de um vaso,
Que necessita de água, sol e vento.
E descuida lá ali num chão tão raso
É fazer disso um aniquilamento.


Vir de o amor cuidar, pra que floresça...
Crie volume, se agigante, cresça,
É tão somente aquilo que se importa.


Pra que depois não venhas chorar mágoas
Ao perceber que olhos brotam águas
Mas não renasce a semente morta.


Jenario de Fátima.

NA CONTRAMÃO - Basilina Pereira


NA CONTRAMÃO

Inverto o foco
e abro a janela de fora pra dentro.
Não quero ver as nuvens
- que sei -
estão se formando às minhas costas.
Nua de esperança,
debruço-me sobre a jardineira
que teima em exibir suas flores
em pleno mês de agosto.
Sob o branco de um chapéu sem marca
escondo minh'alma
até que desabroche setembro
e eu possa ver os dias
de dentro para fora.

Basilina Pereira

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