sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Exposição em Socorro.

4a Exposição de Arte Naif “Cor Ação-Patrimônios” 2016
Duração: de 7 de outubro a 15 de Novembro
Horários : de 2af a 6af de 9h às 18h
Local: Palácio das Águias - Salão Azul
Rua Campos Sales , 177 - Centro
Tel 19 3895 4252
Livre. Grátis.
Vamos prestigiar!

Exposiçao de Arte Naif em Socorro - SP

4.Exposição de Arte Naif "Cor Ação Patrimônio"
 ABERTURA 07 DE OUTUBRO DE 2016.
Cidade Socorro.
Reunirá mais de 90 trabalhos de 49 artistas brasileiros e 03 artistas internacionais.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

NOSTALGIA

Estou perdido num tempo
em que tudo que amei se foi,
em que tudo que havia perdeu-se,
tudo o que havia não há.
Não há mais casas singelas
com casais apaixonados
se beijando nos jardins.
Não há mais olhos brilhantes
de mulher enamorada
sob a lua cor de prata.
Não há mais brisa de outono
nem cantiga matutina
para iluminar as manhãs.
Não há mais praças bonitas
com casais cheios de sonhos
e crianças a brincar.
Não há mais o jasmineiro
sob o qual beijava Helena
entre juras imaturas.
Não há mais o violão
que meu pai tocava à noite,
a me encher de comoção.
Não há mais canção bonita
e olhar cheio de súplica
de menina apaixonada.
Não há mais noites de a alma
libertar-se dos pecados
e entregar-se à poesia.
Não há mais momentos líricos
de querer amar profundo,
de querer viver de amor.
Não há mais nenhuma hora
de dizer versos bonitos
e de ouvir coisas tocantes.
Não há mais canção de roda,
não há mais meus pais, a casa
que abrigou a minha infância.
Não há mais a adolescência,
não há mais a juventude,
não há mais aqueles tempos
tão distantes, que parecem
aos meus olhos tão vividos
mais quimeras que lembranças.
Barão da Mata
www.baraodamatapoemas.blogspot.com.br

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Crônica sobre minha mãe - Maria Lúcia Inocêncio Camargo

Mamãe era uma pessoa maravilhosa porém muito tímida e submissa.
Fico imaginando quantas coisas poderíamos ter aprendido uma com a outra.
Mamãe acreditava que conversas com filhos deveriam ser amenas e não envolver assuntos de saúde, da vida e familiares.
Ela sofria calada tanto com doenças,com conflitos com o papai ou com filhos.
Hoje, quando sofro com a diabetes doença que ela tinha ,vejo como ela não se cuidou.
Nunca ela falou sobre isso, nem mesmo quando perguntada.
Não sei os remédios que ela tomava ,nome, frequência,nada.
Por isso não tenho como saber se o que sinto ela sentia também.
Gosto mais desta época onde mães e filhos se comunicam.
Mamãe sempre podava minhas amizades.Apesar de tê-las ela não gostava que eu recebesse amigas em casa,tinha ciúmes não sei porque. Sem querer,ela ajudou a que eu não sarasse da fobia social.
Hoje vivemos outra época,outro jeito e eu gosto muito.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

TRAZE PRA MIM-Barão da Mata


TRAZE PRA MIM
Traze pra mim
O teu verbo mais bonito,
Um olhar apaixonado
E um se-dar tão sem tamanho,
Que eu inspire a vida num prazer tão infinito,
Que o mundo à minha volta mais pareça a poesia
A vibrar pelas esquinas, sussurrar-me lindos versos,
A bailar nas ruas, praças e a brilhar no firmamento.
Barão da Mata

domingo, 10 de abril de 2016

Historias que o povo conta.-Maria Lúcia Inocêncio Camargo.

Histórias que o povo conta.


Maria Lúcia Inocêncio Camargo


Não sei porque hoje me lembrei de um caso que ouvi.
Uma senhora tinha vários filhos e um marido muito rígido.
Sua vida com o esposo não era um mar de rosas como se diz.
Ele era grosseiro e se achava o dono da verdade.
Os móveis não podiam ser trocados, eram antigos como peças de museu.
A casa tinha janelões que nunca eram abertos.
Na sala de visitas a lampada era  de luz amarela e uma só.Então a casa era muto tétrica com aquela escuridão.
A cozinha ainda tinha fogão á lenha . 
Quando chegavam as visitas a mulher tinha que ir para o quarto.
Os filhos não falavam com ela e o marido só falava para dar ordens.
O quarto que reservaram para ela tinha só uma cama patente.Ela tinha que usar urinol, não podia usar o banheiro nem outras dependências da casa que era enorme.
Isso era um castigo enorme!
O que teria feito essa mulher para ser tratada dessa forma?
Um dia ela ficou doente entre a vida e a morte.
Todos desesperados não sabiam o que fazer.O médico disse que ela não viveria muito tempo.
Chamaram o padre. A mulher se confessou e recebeu a extrema unção e um conselho do padre.
Deveria lavar sua alma e relatar tudo o que havia confessado a ele.
A mulher como já se considerava no reino do céu chamou o marido e disse-lhe:-"Me perdoe,não quero morrer com esse pecado tenho um segredo para lhe confessar.
O marido disse -"não precisa contar pois você é uma mulher virtuosa e seu pecado deve ser uma bobagem.Fique tranquila!
Mas a mulher insistiu muito pois tinha medo de morrer com esse pecado pois o padre disse que só a absolveria depois dela falar ao marido.
A pobre insistiu muito e contou que uma vez havia se apaixonado pelo seu cunhado e ele  também por ela. Que ela fora feliz com ele , recebera muita atenção e haviam consumado seu amor.
O marido ficou possesso, chamou toda a família, os filhos os vizinhos e o irmão.
Falou que ela era pior que prostituta e que deveria morrer!A mulher como que por encanto não morreu sarou completamente.E vivia assim como se não estivesse ali.Quando chegava alguém ela  tinha que se recolher ao seu quarto e os filhos contavam a sua infelicidade. Todos a xingavam de maldita, prostituta e outros nomes que não posso dizer.Quando fiquei sabendo do caso , fazia mais de vinte anos que ela revelara seu segredo.
Ficar sem abrir a boca por todo esse tempo não poder sentar-se á mesa isso é terrível.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Barão da Mata

PEQUENA CIDADE / DEVASTAÇÃO DE MINAS
PEQUENA CIDADE DE MINAS 

A terra 
fresca 
e o seu cheiro bom de vida. 
Suor 
dos homens 
e os anseios das mulheres. 

As mãos 
de fêmea 
salpicando a terra escura 
de amor, 
sementes 
e de sonhos de futuro. 

Os homens, 
gozo 
e a vida se plantando 
em noites 
calmas, 
nas entranhas das mulheres. 

Manhã, 
os sinos, 
os fiéis e a ladainha. 

O sol, 
a praça, 
as crianças, brincadeiras. 

A gente, 
as vozes, 
multidão que acende o dia. 

Mocinhas 
belas 
e seus sonhos tão românticos. 

Ah, Deus! 
Mas como é belo o dia! 
Como é bela a rua, a gente 
e esse verde exuberante 
e tão vivo desses campos! 
Como tudo é, Deus, tão belo! 
Salve, Deus, Minas Gerais! 

2011 

II 

(DEVASTAÇÃO DE MINAS) 

Fiz um poema 
com suor, com terra e Minas, 
com igreja, praça e e povo, 
mas os demônios 
devastaram chãos e gentes, 
destruíram mata e bichos, 
e viu-se Minas 
convertida em pura lama, 
soterrada em venenosos minerais. 

Sei que os maus homens 
Que contemplam sempre os ricos 
lhes serão muito indulgentes, 
mas não, meu Deus, 
perdoeis jamais os torpes 
nem tenhais misericórdia, 
pois os infames 
laceraram meu poema, 
e um inferno nasceu, descomunal. 
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