domingo, 18 de março de 2012

SOBRE O DIA INTERNACIONAL DA MULHER - Maria Lúcia Inocêncio Camargo.

Infelizmente as pessoas criam movimentos para mostrar como a mulher ainda é discriminada , para lembrar das mulheres que deram sua vida para conquistar o direito de receber um salário digno e o que se vê nesse dia são mulheres recebendo flores e parabéns.
Nenhuma palavra é dita sobre o real motivo de tal fato.
Quantas mulheres e crianças ainda hoje vivem trancadas em lugares sem nenhuma higiene ,trabalhando dia e noite aprisionadas em quartos onde mal daria para ficarem duas pessoas? Quantos ainda são enganados com
promessas de casa,comida salário ? Quase todos os dias vemos isso na televisão!
Vivemos no maior e melhor estado da federação e vemos tais fatos imagine nos sertões do país qual a realidade!
Não! Realmente não temos motivos para comemorar!Não desse jeito!

AMOR PELO SERTÃO


  AMARO PEREIRA E GUERREIRO DA LUZ - Edu Sol

AMOR PELO SERTÃO


Como é lindo o amor do sertanejo pelo sertão. 
Chega devagarzinho, para sempre se instalar. 
Fica cravado e só Deus pode tirar.
Faz morada perpétua no coração!
Supera a seca, a fome e a pobreza.
Diante dos obstáculos é uma fortaleza!
É o amor que não existe traição
Supera até as intempéries da natureza!
Quem nasce lá no sertão
Aprende a conviver com a seca daquele chão
Quando a chuva benfazeja sobre a terra se derrama,
Corre o sertanejo e prepara o chão para a plantação.
A colheita ele se dedica com muita determinação,
Pois ele se prepara para a seca da próxima estação.
Durante esse período, plantar, não poderá mais não!
Pois de seca a terra racha matando gado e a plantação!
Quando a seca o surpreende destruindo toda vegetação
Levando também a morte a toda criação.
O sertanejo não se desespera
Usa de todos os recursos para superar a devastação!
Bebe de todas as sobras de água que encontra pelo chão
Ou armazenou durante a boa estação.
Ah! Palma, se não fossem as suas folhas!
Todo o gado ficaria morto, estirado pelo chão!
Sertanejo homem valente
Que a adversidade não teme não!
Com a falta da água e até do seu pão
Luta bravamente pelo amor ao seu sertão!

domingo, 4 de março de 2012

NÃO SE DEVEM DAR PÉROLAS AOS PORCOS - Maria Lúcia Inocêncio Camargo


Não Se Devem Dar Pérolas aos Porcos.
Maria Lúcia Inocêncio Camargo.

Pensei muito se deveria publicar este artigo.
Quantas vezes damos o melhor de nós aos outros sem nos questionarmos se essas pessoas vão entender o gesto.
Quantas vezes nos oferecemos como amigos, entregamos a chave de nossa casa e nosso coração á quem sequer nos valoriza.
Por acreditarmos no ser humano, por sermos bons, consideramos que todos são.
Muitas vezes oferecemos nosso voluntariado e as pessoas julgam que estamos querendo tomar-lhes o lugar ou então aqueles que recebem nossos préstimos julgam que por nos oferecermos temos que ser maltratados ou tratados de qualquer jeito.
Muitas pessoas nos fazem de bobos e trocam nossos horários sem aviso prévio achando que por doarmos horas de nossa vida, não devemos ser respeitados. Inclusive nos sentimentos devemos nos policiar, pois quando dizemos:-" Eu te amo”, o outro se julga no direito de nos explorar.
Não. Definitivamente não devemos dar pérolas aos porcos. Eles as comerão como comem a ração que recebem do tratador.


FINAL DA NOVELA VIDA DA GENTE - Maria Lúcia Inocêncio Camargo

Gostei muito do final da novela "VIDA DA GENTE" .
A Manuela sempre demonstrou ser forte apesar da mãe dela considerá-la fraca.
O Rodrigo cresceu como ser humano e deve muito á ela ter assumido a filha que teve com a Ana.
Finalmente Ana e Rodrigo descobriram que não se pode voltar ao passado pois eles agora estão muito diferentes do que eram.
Manuela perdoa  Rodrigo e os dois ficam juntos pois se amam de verdade.
Ana e o doutor Lúcio formam um belo casal pois ela é indecisa e ele forte e paciente.
E a linda Julia ficou com os pais e mães que queria.


sábado, 3 de março de 2012

MINHAS PAIXÕES PARTE II - Maria Lúcia Inocêncio Camargo


MINHAS PAIXÕES PARTE II
Maria Lúcia Inocêncio Camargo



Em Santos, fui estudar no Colégio Dona Luiza Macuco cujo mote era:- “entra bom e sai maluco”.
Tínhamos um professor de matemática muito rígido que nos deixava malucos, pois todo o dia tinha que fazer em casa mais de cem exercícios de equação que ele corrigia e dava nota. Eu sempre acreditei que era por isso o mote porem, não tenho certeza. Hoje vejo que nada do que eu pensava correspondia á verdade!
Pois bem, cismei com um menino que estava no segundo ano do Científico cujo nome era Célio Paiva.
O menino era muito alto, muito magro, tinha as pernas muito compridas, usava cabelo a lá Ronnie Von e usava as camisas do pai que devia ser muito gordo. Foi por esse garoto que eu me apaixonei.
Nem preciso dizer que ele não sabia da minha existência.
Um dia, estava eu com meus pais na esquina da Praça Mauá quando o Celinho passou no seu fusquinha branco e eu larguei meus pais na esquina e saí correndo atrás dele. Meus pais não entenderam nada e saíram correndo também atrás de mim. Quando minha mãe me alcançou e perguntou o que estava acontecendo e eu disse que era o Celinho minha mãe disse “aonde?” e eu:- no fusquinha branco. Meus pais riram e disseram:- “e você acha que você vai alcançar”? “Respondi:- Não”. E caí na gargalhada também.
Nem preciso dizer que com toda essa timidez fui conhecer os prazeres do sexo com meu marido, loiro, altura mediana, barba ruiva , aos vinte e quatro anos de idade.
 A foto é da praia de Santos pois não consegui fotos da Escola Dna,.Luiza Macuco.

E para não perder o costume digo que me apaixonei não por ele, mas pela imagem que eu tinha dele.Do homem que eu idealizei .Vinte anos depois nos separamos e quase dez depois nos divorciamos.
Só hoje, depois de vinte anos de terapia é que tenho a noção real disso.

Minhas paixões.
Maria Lúcia Inocêncio Camargo

Minha segunda paixão eu cursava a oitava série do ginásio na Escola Estadual Professora Emília de Paiva Meira em Itaquera.
Descobri que ele era descendente de ucranianos de Kiev e estava mais adiantado do que eu, pois era mais velho.
Era um menino lindo. Moreno, olhos verdes, cabelos negros como as asas da graúna. Minha paixão foi tão intensa que eu estudei todos os mapas-múndi que encontrei e ficava horas e horas fitando o nome KIEV.
E pensava: “como uma cidade que é tão minúscula no mapa pode ter uma pessoa tão linda e tão importante para mim?”.
Com esse eu não tinha chances mesmo, pois todas as meninas eram apaixonadas por ele.
E o danadinho era bom em tudo:- esportes, literatura, matemática... E sabia que era lindo, pois ficava se exibindo todo ou ao menos eu pensava assim.
Nesse ano fui a melhor aluna em Geografia e até pedi ao meu pai alguns livros que falassem sobre a Rússia, pois assim eu me sentia mais perto dele. O final do ano chegou e ele foi embora para cursar faculdade em outra escola.

A minha terceira paixão veio na mesma escola quando eu cursava o primeiro científico.
Tanto minha segunda paixão quanto minha terceira não tem nome. Eu nunca soube. Era muito tímida para sequer perguntar.
Nós pegávamos o mesmo trem de Itaquera. Eu pegava na Patriarca e ele já estava lá.
Naquela época os meninos usavam um topete como o Elvis Presley e ele tinha um pente branco que tirava toda hora do bolso para ajeitar o topete. Eu e minhas amigas o apelidamos de Pentinho Branco.
E nas quermesses era um tal de oferecer musica para o Pentinho Branco e ele nem sabia que era dele que estávamos falando.
Foram dois anos de paixão intensa até que eu mudei para Santos, pois meu pai era da Força Pública e foi transferido para lá.
Foram meses de suspiros profundos, lágrimas no travesseiro, noites de insônia. 

REMINISCÊNCIAS - Maria Lúcia Inocêncio Camargo


REMINISCÊNCIAS.
Maria Lúcia Inocêncio Camargo

Após assistir á uma entrevista com Danuza Leão á Ana Maria Braga dizendo que todas as pessoas deveriam escrever sobre tudo e todos os dias para que seus descendentes soubessem como era a vida daquele que o antecedera, resolvi colocar no meu blog minhas reminiscências.
Hoje vou escrever sobre as paixões da minha vida.
Esta foi minha primeira.
Aos onze anos de idade estudava no Colégio São José da Vila Matilde em São Paulo no primeiro ano do ginásio. O ano presumidamente era 1961.
Não me lembro de como começou e nem como acabou, mas um menino de minha idade chamado Daniel passou a me esperar no ponto do ônibus e nós trocávamos sorrisos e olhares enquanto o ônibus não vinha. Eu morava no bairro Cidade Patriarca e ele na Vila Esperança.Com o aprofundamento de nosso flerte, ele tirava minha bolsa de material escolar das minhas mãos e carregava. Nós nunca trocamos uma palavra, mas esse ritual durou o ano inteiro.
Anos depois, minha mãe que ignorava esse episódio, contava para uma vizinha que eu nunca tinha namorado.
Eu a desmenti dizendo que tinha sim namorado um menino chamado Daniel e que o namoro fora minha sério, pois ele até carregava minha mala.
Meus pais eram muito rígidos com nosso comportamento, mas depois do susto e eu explicar como era o namoro minha mãe e a vizinha caíram na risada.
Hoje, vejo como as crianças namoram e “ficam” e vejo quão inocentes nós éramos na década de sessenta.




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