Você que gosta de poesia,em forma de letras de músicas ou não e não sabe onde encontrar, não se preocupe, aqui encontrou o lugar certo. Poetas brasileiros e portugueses consagrados. Somos bastante ecléticos para publicar autores conhecidos e nem tanto. O espaço está aberto para todos pois é bastante democrático.
domingo, 23 de maio de 2010
A VIDA E O CIRCO- Maria Lúcia Inocêncio Camargo
FOTOS DO CIRQUE DU SOLEIL
A VIDA E O CIRCO
Maria Lúcia Inocêncio Camargo
A vida que vivemos é como um circo,
Onde só vemos as cores, músicas, alegrias,
Palhaços, harmonia,
Bailarinas ágeis, malabaristas,
Cenografia, teatro e figurino
Debaixo de uma lona enorme colorida.
A arena onde o espetáculo acontece,
A platéia onde o público assiste
Parece com a vida,
Onde os artistas que somos nós
Representamos uma peça no teatro da vida.
Para quem assiste na platéia,
Só vê cores, harmonia, musica e alegria.
Nos bastidores, a verdadeira vida,
Onde para vivermos um espetáculo
Lindo, apoteótico,
Temos que executar várias funções e
Saber de tudo um pouco.
Onde choramos por dentro
Ninguém vê as quedas às perdas.
Só as lindas piruetas.
Ninguém vê as bolhas nos pés,
As dores, as artroses, só os bailados
E as roupas cintilantes.
E nós como palhaços, Arlequins e Colombinas,
Colocamos a máscara em nosso rosto.
Escondemos nossa tristeza e enfatizamos a alegria.
Como palhaços rimos e fazemos rir,
Enquanto nosso coração chora de tristeza,
E como no circo, passamos de geração em geração
A arte que aprendemos.
E, quando o espetáculo acaba,
Quando as cortinas se fecham sobre nós -
Morremos!
O CIRCO - Maria Lúcia Inocêncio Camargo.
CIRCO MAMBEMBE
O CIRCO
Maria Lúcia Inocêncio Camargo
Sou um pouca Cigana
E gosto das cores alegres,
Por isso, amo o circo.
Não o circo mambembe,
Aquele da minha infância
Onde o palhaço fazia tudo
E muitas vezes caiam no palco
Não prá brincar, mas de fome!
E se aparecia uma alma boa
Que lhe dava alimento e guarida,
Ele ali ficava e não ia embora.
Gosto do circo estruturado,
Com brilho, com artistas,
Palhaços, malabaristas,
Bailarinas, e sem bichos!
Tenho dó dos animais
Que são treinados,
Que recebem um presentinho
Quando fazem tudo certinho!
Gosto do circo-teatro,
Daquele que tem historia,
Daquele que tem enredo.
Gosto das tendas montadas,
De cores alegres:-
Vermelho, amarelo, azul,
Rosa, brancas muito bem equilibradas.
Gosto de saber que o circo é uma família
Em que as crianças estudam além de treinar.
E que todos são unidos
Ah! Como gosto do circo!
Mas do circo o que gosto mais,
Não é do palhaço vestido de palhaço,
Mas daquele que se veste igual ao Arlequim,
Com triângulos pretos desenhados
E aquela boca escancarada,
Pintada de batom carmim!
.
O CIRCO
Maria Lúcia Inocêncio Camargo
Sou um pouca Cigana
E gosto das cores alegres,
Por isso, amo o circo.
Não o circo mambembe,
Aquele da minha infância
Onde o palhaço fazia tudo
E muitas vezes caiam no palco
Não prá brincar, mas de fome!
E se aparecia uma alma boa
Que lhe dava alimento e guarida,
Ele ali ficava e não ia embora.
Gosto do circo estruturado,
Com brilho, com artistas,
Palhaços, malabaristas,
Bailarinas, e sem bichos!
Tenho dó dos animais
Que são treinados,
Que recebem um presentinho
Quando fazem tudo certinho!
Gosto do circo-teatro,
Daquele que tem historia,
Daquele que tem enredo.
Gosto das tendas montadas,
De cores alegres:-
Vermelho, amarelo, azul,
Rosa, brancas muito bem equilibradas.
Gosto de saber que o circo é uma família
Em que as crianças estudam além de treinar.
E que todos são unidos
Ah! Como gosto do circo!
Mas do circo o que gosto mais,
Não é do palhaço vestido de palhaço,
Mas daquele que se veste igual ao Arlequim,
Com triângulos pretos desenhados
E aquela boca escancarada,
Pintada de batom carmim!
.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
HIPOTESE - Basilina Pereira
HIPÓTESE
Se algum dia eu deixar de te amar,
canta a nossa música,
desembrulha o sol,
e acende uma vela sob a mangueira
onde nossos sonhos germinaram.
Se algum dia tu deixares de me amar,
queimarei o calendário
pra salvar a ilusão do amanhecer
e me postarei sobre teus pés
para que teus passos me levem na lembrança.
Se algum dia deixarmos de nos amar,
saberei que meu instante se perdeu do teu,
o teu sorriso desgarrou do meu
e a orquestra de sonhos que plantamos
não floriu um concerto final.
Basilina Pereira
quarta-feira, 5 de maio de 2010
DOR DE DESAMOR - Poetisa das Marés.
DOR DE DESAMOR
Madrugada fria...
Meu coração implode e parece parar, desarticulado.
Meus olhos clamam pelo brilho das estrelas,
esperando, quiçá, que traga ânimo
pra meu desamor desalentado
Minha dor: amar sem ser amada,
deixar aceso o corpo à espera do amado
e vê-lo chegar frio, silencioso,
com passos de vontade nula,
sem alegria do encontro
de um amor caloroso, afetuoso.
Me viro na cama grande e larga
e só percebo a carícia dos lençóis de cetim
na minha pele abrasada...
Não sinto nenhum toque humano,
nenhum afago,
nenhuma entrega de um amante dedicado.
Morro lentamente,
madrugada a dentro,
sentindo meu pranto interno, dolorido,
correndo como um rio abandonado.
Sueli Andrade
(Poetisa das Marés)
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