quarta-feira, 5 de maio de 2010

DOR DE DESAMOR - Poetisa das Marés.


DOR DE DESAMOR

Madrugada fria...
Meu coração implode e parece parar, desarticulado.
Meus olhos clamam pelo brilho das estrelas,
esperando, quiçá, que traga ânimo
pra meu desamor desalentado
Minha dor: amar sem ser amada,
deixar aceso o corpo à espera do amado
e vê-lo chegar frio, silencioso,
com passos de vontade nula,
sem alegria do encontro
de um amor caloroso, afetuoso.
Me viro na cama grande e larga
e só percebo a carícia dos lençóis de cetim
na minha pele abrasada...
Não sinto nenhum toque humano,
nenhum afago,
nenhuma entrega de um amante dedicado.
Morro lentamente,
madrugada a dentro,
sentindo meu pranto interno, dolorido,
correndo como um rio abandonado.

Sueli Andrade
(Poetisa das Marés)

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