quarta-feira, 15 de dezembro de 2010


Caderno de Poesia
(Jorge Luiz Vargas)

Nas minhas páginas em branco, todas cheias de retilíneas, jamais imaginei ter meu pranto ou ter alegria, nem receber os rabiscos de um poeta em minhas linhas.

De repente em mim vieram sentimentos, alegrias, dores, felicidade e lamentos. Histórias tiveram começo, meio e fim. E todas elas foram contadas apenas em mim.

Me vi molhado com lágrimas e em mim rios desaguaram. O som do mar se fez ouvir, prantos se enxugaram.
Nas minhas páginas brancas e em branco, a lua e as estrelas brilharam. O sol refletiu seu calor, aquecendo amor e desamor. Histórias acabaram em alegria, outras em prantos, outras em dor.

Nas minhas linhas, caminhos foram traçados. Carinhos e carícias foram trocados. Paixão e amor foram sentidos. Despedidas e adeus foram chorados. Em mim se desenharam cores e flores. Tem perfumes, pássaros e canções. Tem corações repartidos por amores, amores que tiveram que partir, um grande amor que jamais terá um fim e sonhos que acordaram ou tiveram que dormir.
Tem dor, tem sangue, tem arte, tem coração. Tem Deus e o sentimento vivo do poeta. Tem transpiração e inspiração. Tem amor e paixão, alegria, tristeza e festa. Tem os sentimentos do poeta e a alegria de viver sua eterna Rosa Poesia.

Ontem uma página em branco com linhas esperando a escrita.

Hoje, tenho tudo e sou tanto. Tenho alma, tenho encanto, tenho vida...
E continuo sendo... Um caderno de poesia...
Do meu poeta.


Jorge Luiz Vargas

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