
O BEIJO
Guardo teu beijo, terno beijo, na memória.
No Outono cinza, a despedida, último adeus,
como se foras sem deixar-me uma esperança
de reviver o teu carinho e os lábios teus!
Amargurando o teu partir, restou-me o beijo.
Sonho desfeito, nem as folhas esqueceram,
no farfalhar, de relembra-lo nas canções,
brincando algures junto às brisas Outonais!
As estações se sucederam desde então!
Alma contrista, olhar perdido no horizonte,
dei-me à letargia dos impulsos lascivosos!
Trago a utopia de uma espera que me aturde!
Cedo o destino e a vida; ao tempo, entrego a morte,
mas na esperança de beijar-te uma outra vez!
[Autoria: Antonio Kleber]
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