terça-feira, 12 de janeiro de 2010

FLOR DE OUTONO-Flávio Leite


FLOR DE OUTONO
(Flávio Leite)
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Já pedi a Deus que retirasse isso de mim,
Mas acho que Ele não me ouviu;
Talvez eu tenha pedido baixo demais
Ou gritado tão alto a ponto de deixá-lo surdo.
A verdade é que, minhas flores preferidas, não brotaram.
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Queria não sentir isso novamente,
Porém sempre que fecho os olhos os pesadelos se repetem.
O que querem de mim se já não tenho forças,
Se já não tenho pernas e nem caminhos a percorrer?
Sinto-me a poucos metros de uma forca.
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A verdade se repete, como um feixe de luz
Entrando pela janela do quarto sem paredes.
Quem me escutará chorando no escuro?
Somente aqueles homens que possuo dívidas a pagar.
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Hoje sou caseiro por opção, por sonhar com lábios sinceros;
Por acreditar que há algum amor de verdade a minha espera.
Não importa o que digam, não importa nada que digam,
Porque nada vai me separar daquele beijo seu,
Nem da estrela guia que, mesmo cego, me permite enxergar.

Talvez eu não tenha o talento que esperam,
Talvez eu não seja a flor mais linda do jardim,
Nem o pássaro cheio de cores em sua janela,
Mas possuo um coração com carinhos sem fim,
À procura das palavras mais puras, mas que considero as mais belas.
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Nada do que dizem mudará o que penso e nem o que sinto,
Mas o que importa se posso sonhar com outro mundo?
Quem vai me ouvir, ouvir esse sussurro? Não importa.
Esse momento não passa de mais uma canção de amor,
De mais um grito no vazio à espera de uma resposta sua.
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