segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Uma poesia de Marlene Gomes.



Na calada da noite
no esconderijo da alcova
deito-me a seu lado,
plácida, a sua espera.
Mas o perfume da sua tez,
embriaga-me, deixa-me tonta.
O bom senso autoriza-me
a viver esse amor,
sem talvez, sem escrúpulos.
E assim, flutuo
numa correnteza serena,
sem nostalgias,
sem temporais de dúvidas.
O passado se fora
e com ele minhas desilusões,
mudas, dissociadas,
nas escoras que a vida impõe.
Inegavelmente afirmo:"Te amo".


Marlene Gomes

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